terça-feira, 19 de março de 2013

Manifesto

A vida é sôfrega. É como se a cada dia se escutasse os uivos da premonição da morte. Assunto recorrente em cada espasmos de movimento e atitude. Doar a vida a continuação da mesma, que é ter um filho. A doação do suor que se dedica a ciência. O ultimo fôlego assoprado em decorrência da arte; O bebê que, depois de maduro, perde as tetas do acolhimento e se debruça num mundo de cães. O guerreiro medieval apunhando sua adaga em direção a batalha, com a única certeza da morte. A vida é sofrida com espasmos de melancolia, alegria e a satisfação do gozo. Nada é perene. O leite se derrama. E, caído, sedento, nos pares que deveriam doar. Tentar-se-à dar sentido ao que se passou. A todo o leite que se gozou. A vida é um bebe sem tetas!